segunda-feira, janeiro 31, 2011

O rouge virou blush, o pó - de - arroz virou pó - compacto, o brilho virou gloss, o rímel virou máscara incolor. A Lycra virou stretch, anabela virou plataforma, o corpete virou porta-seios, que virou sutiã, que virou lib, que virou silicone. A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento. A escova virou chapinha, "problemas de moça" viraram TPM, confete virou MM. A crise de nervos virou estresse, a chita virou viscose, a purpurina virou gliter, abrilhantina virou mousse. A tristeza depressão, o espaguete virou miojo pronto, a paquera virou pegação. A gafieira virou dança de salão, o namoro agora é virtual, a cantada virou torpedo e do "não" não se tem medo. O break virou street, o forró de sanfona ficou eletrônico, fortificante não é mais biotônico. Bicicleta virou bis, polícia e ladrão virou counter strike, a maconha é calmante, o professor é agora o facilitador. As lições já não importam mais, a guerra superou a paz e a sociedade ficou incapaz, de tudo, inclusive de notar essas diferenças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário